Na abertura solene do 9° Seminário do Comércio de Café de Santos a presença numerosa de autoridades e congressistas prestigiando esse acontecimento anual do setor cafeeiro.
O IX Seminário do Comércio do Café ocorreu entre os dias 16 e 21 de novembro de 1981 no Guarujá, reunindo importantes personagens e entidades do comércio internacional de café. A abertura do evento contou com a presença de autoridades ilustres, entre elas o então ministro da Indústria e do Comércio, Camilo Pena, e o presidente do Instituto Brasileiro do Café (IBC), Octávio Rainho, destacando a relevância do evento para a definição da política cafeeira para o ano de 1982.
O seminário discutiu temas importantes para o setor, como as cláusulas dos contratos para o fornecimento de café, que posicionava o Brasil de forma competitiva no globo, assim como foram discutidas a equalização dos preços de registro nos portos e os prazos do ICM, assuntos de interesse nacional que afetavam diretamente a logística e a comercialização do café brasileiro.
O seminário atraiu a participação de 600 pessoas, incluindo 150 representantes internacionais de 18 países diferentes. Entre os participantes estavam alguns dos maiores compradores e importadores de café do mundo, bem como representantes de países produtores. Dignitários da indústria, como Paul Moeller e Reto Ghilardi da Taloca A.G. (Suíça), Hans Gottschalk da Tchibo Frech Roest Kafee (Alemanha), e representantes de outras grandes empresas internacionais, marcaram presença.
Giusfredo Santini, diretor-presidente de “A Tribuna” ao fazer a entrega do primeiro exemplar de “Documento Econômico” a João Camilo Penna, ministro da Indústria e Comércio.
Durante o seminário, foram discutidos temas de vital importância, incluindo as cláusulas para contratos de fornecimento de café e a equalização dos preços de registro nos portos, além dos prazos do ICM. Essas discussões visavam posicionar o Brasil de forma competitiva no mercado internacional e abordar desafios internos relacionados à logística e comercialização do produto.
O evento foi palco de importantes palestras e debates. Entre eles, destacou-se a participação do embaixador do Brasil em Londres, Roberto Campos, que proferiu a fala de encerramento. Campos abordou temas como a relação entre democracia e combate à inflação, e expressou um otimismo cauteloso quanto ao futuro dos convênios de produtos primários, especialmente o do café.
Apesar da expectativa por definições significativas para o setor, algumas questões, como os contratos de fornecimento e a abertura de registros para exportação, permaneceram pendentes, refletindo a complexidade e os desafios da política cafeeira. O evento também evidenciou divergências de opiniões entre representantes do governo e da iniciativa privada, demonstrando a dinâmica e os desafios do setor.
O seminário culminou com um convite para o próximo encontro, sinalizando a continuidade do diálogo e do esforço conjunto para enfrentar os desafios do setor. A pesquisa realizada pela Associação Comercial de Santos, indicando a preferência pela manutenção do evento no Guarujá, refletiu o sucesso e a relevância do seminário como um fórum essencial para o futuro do comércio do café.
presidente da ACS, Antônio Manoel de Carvalho discursa em defesa da iniciativa privada
Mesa diretora durante a 3ª sessão plenária e solenidade de encerramento.