Gastão de Orléans, o Conde D’Eu e seu filho, o príncipe Pedro de Alcântara em visita à Associação Comercial de Santos

Conde D’Eu tinha 79 anos quando veio a Santos.

Chegaram a Santos, no dia 25 de janeiro de 1921, o Conde D’Eu, acompanhado de seu filho primogênito, o Príncipe Pedro de Alcântara para uma rápida visita à cidade. Uma das visitas prevista para aquele dia foi a Associação Comercial de Santos.

Partiram de São Paulo às 8h50 em direção ao litoral em dois automóveis, acompanhados do Barão de Muritiba, o Comendador João Manoel Alfaya Rodrigues, o Sr. Roberto Nioac e o dr. Luiz Paranaguá, chegando em Santos por volta de 10h45.

Foram recebidos pelas autoridades municipais, figurando entre elas o Presidente da Câmara, Dr. Benedito de Moura Ribeiro; o Prefeito Municipal, coronel Joaquim Montenegro; o vereador Dr. José de Souza Dantas; o capitão Paulo Filgueiras, representante da Câmara dos Corretores de Fundos Públicos; o Sr. Júlio Conceição, corretor oficial; o Sr. Belmiro Ribeiro de Moraes e Silva, vereador e Presidente da Associação Comercial de Santos, e demais personalidades santistas.

A primeira visita de SS. AA. foi ao Paço Municipal (ainda localizado no Largo Marquês de Monte Alegre), acompanhado do senhor Prefeito Municipal, vereadores e demais autoridades, onde lhe foi oferecida uma xícara de café no gabinete do Paço.

O Conde D’Eu, o Príncipe Pedro de Alcântara e a comitiva que os acompanhava dirigiram-se à Associação Comercial de Santos, onde foram recebidos à porta pelo presidente e diretores da instituição. Os ilustres visitantes foram conduzidos ao salão nobre, onde lhes foram prestadas homenagens. Estiveram os visitantes em breve conversa até que foi oferecido às SS. AA. Uma taça de champanhe para um brinde, momento em que o Presidente da Associação Comercial, levantou sua taça e agradeceu a honrosa visita, brindando à sua felicidade. O Conde D’Eu agradeceu e brindou à prosperidade da associação, elogiando o progresso da instituição. Em seguida, o Diretor da Secretaria, sr. Alberto Veiga ofereceu aos convidados um exemplar do Relatório da Associação Comercial relativo ao anterior (1920), além de um exemplar do Habeas Corpus em favor da família imperial em consequência de seu  banimento, impetrado por ele e os diretores Olympio Lima e Urbano Neves, em nome da Associação Comercial de Santos. O Conde D’Eu agradeceu comovido, pois, poder voltar ao Brasil era a vontade de sua esposa, a Princesa Isabel e de seu sogro, o imperador D. Pedro II. Em seguida, o Conde D’Eu e o príncipe Pedro de Alcântara assinaram o livro de visitas dando sequência à programação.

Os visitantes e comitiva dirigiram-se à Associação Beneficente D. Pedro II, onde também lhe foram rendidas homenagens. Por volta de 12h, dirigiram-se ao Parque Balneário Hotel onde SS. AA. puderam descansar antes do almoço que lhes seria servido.

Terminado o banquete, a comitiva seguiu em direção ao Asilo de Órfãos, onde o Conde D’Eu recebeu homenagens por ter sido o idealizador da instituição. A seguir, foram conhecer o porto organizado pela Companhia Docas, admirando-se do progresso e desenvolvimento do porto santista.

Em seguida, a comitiva retornou ao Paço para as despedidas e últimas homenagens. Por volta das 16h, o Conde e seu filho retornaram a São Paulo.

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *