O II Seminário Internacional do Café, realizado no Guarujá entre os dias 1 e 4 de Maio de 1973, mostrou mais uma vez a importância do evento como um privilegiado fórum de discussões para o mercado cafeeiro global. A necessidade de regulação do setor e da estipulação de valores mínimos sobre a exportação do café já vinha sendo pauta desde março, quando a imprensa destacou em manchetes o fracasso nas negociações entre os países exportadores e importadores, evidenciando ainda mais o potencial do Seminário para a abordagem destas questões críticas.
Com a presença confirmada de ministros influentes como Pratini de Moraes, da Indústria e Comércio, e Delfim Netto, da Fazenda, o evento prometia ser um palco para reuniões produtivas. O número de inscritos, que já superava 300 participantes, incluindo 40 estrangeiros, destacava a força do evento.
O rompimento do Acordo Internacional do Café em 1972 só aumentava a expectativa em torno das discussões entre exportadores, corretores de café, bancários, e agentes de navegação, além de diretores e funcionários do Instituto Brasileiro do Café (IBC).
O evento foi marcado por pronunciamentos importantes dos ministros da Fazenda, Indústria e Comércio e do presidente do IBC, Carlos Alberto de Andrade Pinto. Todos discutiram o desempenho dos países produtores na manutenção de um mercado disciplinado. Os painéis, mediados por especialistas como George McEvoy e Jens Skroda, abordaram as relações comerciais do Brasil com os Estados Unidos e a Europa, respectivamente, refletindo a complexidade e a globalidade do mercado do café.
Uma cobertura jornalística ampla, com anúncios publicados por várias casas comissionárias e firmas de importação e exportação, como a Dominium Café Solúvel e a Leite Barreto S/A, parabenizando os organizadores, evidenciava o apoio da comunidade empresarial ao evento. O sucesso do II Seminário Internacional do Café era tão notável que, já em outubro de 1973, a Associação Comercial de Santos planejava a terceira edição do evento para o ano seguinte.
No encerramento, realizado pelo então presidente da ACS, Caio Ribeiro de Moraes e Silva, foi ressaltada a presença significativa de autoridades e especialistas, mostrando que o Seminário se consolidava como uma ferramenta importante para nortear as discussões sobre o futuro do café no cenário mundial.