O café brasileiro e seu desenvolvimento no futuro é o tema do VII Seminário do Comércio de Café

O VII Seminário do Comércio de Café foi realizado entre os dias 29 de maio e 1 de junho de 1979, destacando o tema geral da edição: “Aspectos da comercialização do café brasileiro e seu desenvolvimento no futuro próximo”. A programação revelava uma agenda repleta de palestras e debates a serem realizados no Casa Grande Hotel, em Guarujá. Com 480 inscritos, sendo 150 participantes vindo do exterior, o seminário promoveu uma ampla discussão com a presença de figuras internacionais.

No dia 30 de maio, o evento foi iniciado pelo presidente do Instituto Brasileiro do Café (IBC), Octávio Rainho da Silva Neves. A sessão de abertura, liderada por René Beigel, coordenador dos trabalhos, delineou os objetivos focados no futuro do comércio de café.

Especialistas, incluindo Andreas Freytag e Jen Bestebreurtje, ambos da Suécia, discutiram o impacto dos padrões de qualidade e esquemas de exportação no mercado global do café, enquanto Paul E. Coty, dos Estados Unidos e Yoichiro Matsumoto ofereceram perspectivas das Américas e do Japão, respectivamente. O seminário também promoveu um programa social, destacando a obra da pintora Iracema Arditi.

Informações atualizadas sobre o mercado foram providenciadas pela Penfield-Corretora de Mercadorias S/C Ltda, complementadas por dados da Reuters, e facilitadas por serviços de comunicação e logística disponibilizados no local.

Octávio Rainho Neves destacou a importância de evitar os excessos do passado e promoveu a ideia de uma produção controlada, ressaltando os desafios de então, como o custo da terra e a escassez de mão-de-obra. Ademais, enfatizou a necessidade de melhorar a qualidade do café para sustentar o consumo global.

A estrutura de preços do café foi tema de discussão, com expectativas de mudanças significativas nas bases de garantia e financiamento. Rainho Neves expressou confiança na definição de novos preços, apesar de pendências com o Conselho Monetário Nacional.

O seminário refletiu um esforço coletivo para enfrentar os desafios do mercado de café, buscando estratégias para manter a competitividade do produto brasileiro no cenário internacional, ao mesmo tempo em que se atenta para a diversificação agrícola e a qualidade do café.

No dia 31 de maio, Alexandre Fontana Beltrão, diretor-executivo da Organização Internacional do Café (OIC), e Irís Antônio Campos, vice-presidente da Associação Brasileira de Indústria de Torrefação e Moagem de Café (ABIC), estavam entre os palestrantes. No encerramento, no dia 1 de junho, diretores do IBC abordaram temas cruciais como os estoques do país, planos de exportação e regulamentação.

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